“Começo por dizer que São Tomé e Príncipe é um país especial e que ser voluntário na Fundação da Criança e Juventude é uma experiência transformadora. Se não lerem mais nada a partir daqui quero que pelo menos retenham esta informação! Ficaria orgulhoso com a simples decisão de ter abraçado um desafio desta dimensão e ter a coragem de fazer algo fora do "percurso convencional". Mas olhando para trás e para este trajeto fico tremendamente feliz com aquilo que pude fazer por estas pessoas e por este país. Nunca é suficiente... Gostaria de ter conseguido dar tanto como eles me deram a mim! Foi uma jornada extraordinária de aprendizagem e uma mudança completa na forma de ver o mundo. O importante são claramente as pessoas e São Tomé ensinou-me isso melhor do que qualquer outro lugar. Ser-se feliz e genuíno com tão pouco, com dificuldades no acesso a cuidados básicos como água e luz e com défices enormes ao nível da educação, saúde e higiene. Durante o período que vivi em São Tomé estive dois meses a acompanhar a Fundação da Criança e da Juventude executando diversas tarefas na associação. Desde a construção de um website, gestão de parcerias e apadrinhamentos até ao apoio escolar com os miúdos e trabalhos de remodelação do espaço. A fundação tem um papel preponderante na vida de muitas crianças que encontram ali uma casa e condições que de outra forma não teriam. Acredito na educação como pilar para o desenvolvimento e é aí que a FCJ atua primordialmente. Arrepio-me ao pensar nos momentos de felicidade e nos sorrisos das crianças (e dos meus também). O melhor da vida é mesmo dar sem esperar nada em troca. Só aí conseguimos ser surpreendidos pela essência humana, pela bondade e pela honestidade que as pessoas transmitem com gestos puramente genuínos de amor e carinho. O mundo está recheado de oportunidades e de pessoas boas para encontrar. Não podemos ter medo do desconhecido. O importante é fazer aquilo que o coração manda... No final tudo vai valer a pena!” - JOSÉ